31 janeiro 2016

Prismas sobre refugiados no Malawi

A 11 deste mês a "Voz da América" reportou no seu portal que centenas de pessoas da província de Tete se refugiaram no Malawi fugindo de atrocidades atribuídas às forças governamentais após dois ataques da Renamo. Aqui. Hoje, o semanário "domingo" divulga na sua edição digital uma versão bem diferente, confira aqui.
Adenda às 05:44: entretanto, leia uma notícia da "Agência de Informação de Moçambique" sobre um ataque em Gaza atribuído à Renamo, aqui.
Adenda 2 às 05:46: segundo a "Lusa", um porta-voz da Renamo afirmou que a notícia era falsa pois tratou-se de "confrontos entre eles", leia aqui.
Adenda 3 às 06:05: uma precaução: se alguém nos diz que viu um leão na cidade de Maputo, a nossa atitude não deve ser de aceitar isso só porque alguém diz ter visto o leão (uma, duas, três pessoas, uma multidão a dizê-lo), devemos esforçar-nos para saber se isso efectivamente aconteceu, analisando fontes, tipo de fontes, credibilidade do (s) informador (s), frequência do fenómeno, etc. Desconfiemos dos consensos de fácil digestão e façamos do não às evidências primeiras o princípio para chegarmos ao sim da pesquisa e da credibilidade processual.
Adenda 4 às 17:20: compare-se, para informação hoje disponibilizada, este relato da agência portuguesa "Lusa" aqui, com este da "Agência de Informação de Moçambique", que cita o semanário "domingo", aqui.
Adenda 5 às 18:34: De uma postagem deste diário de 02 de Novembro de 2015: "Aqui e acolá, tirando partido da inquietação e como que da componente subliminar das pessoas, surgem relatos de hecatombes bélicas, irrompem descrições de fenómenos objectivamente fabricadas para causar inquietação e pânico, reportagens com fontes havidas por credíveis dando conta de dezenas de mortos e de feridos em combate [leia por exemplo aqui], recurso a fontes que só têm um lado emissor, saladas informativas ruidosas juntando dados prepositadamente fora do contexto, proliferaçãp de arautos da tragédia sem fim multiplicando sem pausa, por mil caminhos, textos castrenses, etc." Leia mais aqui.

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