22 fevereiro 2015

Sobre a "guerra do Mulimão" na Zambézia (1)

A história de Moçambique tem sido dolorosamente atravessada por guerras, com o seu cortejo de chacinas, mutilações, violações e destruições de bens de todo o tipo. Perdidas no tempo, ganhas pela pátina depois que os seus actores deixaram o mundo dos vivos, parecem esquecidas, sem consequências, sem traumas transmitidos. Talvez isso não seja verdade, talvez a verdade esteja na dificuldade ou na decisão de não inventariar e prevenir os impactos multilaterais dessas guerras. Para quê? Para as esquecer ou - usando termos mais modernos - para as esconder politicamente em beatíficas amnistias em nome da paz nas quais os assassinos são perdoados e as vítimas relegadas para o destino dos percalços descartáveis da história.

1 comentário:

nachingweya disse...

O Homem é o único ser capaz de conceber a noção de inimigo, defini-lo e desenvolver estratégias para eliminá-lo. Nenhum outro ser vivo faz isso, apenas o único racional.