19 fevereiro 2015

Renamo: desobediência civil como estratégia política (13)

Décimo terceiro número da série. Entro no ponto 5 do sumário proposto aqui, a saber: 5. Dilemas políticos da PGR e do Estado. Estamos agora confrontados com um ponto muito delicado, um ponto que diz respeito aos problemas políticos enfrentados pela Procuradoria-Geral da República e pelo Estado em geral face ao comportamento da Renamo e, em particular, de Afonso Dhlakama. Um comportamento múltiplo. Se não se importam, prossigo mais tarde.
Adenda 1: Do cesarismo de Dhlakama: "O líder do partido Renamo deixa claro que “não há guerra” mas não vai tolerar provocações. “Quero deixar claro aos comunistas da Frelimo se tentarem provocar a Renamo, tentarem disparar para a Renamo, juro pela alma da minha mãe que a resposta não será aqui no norte (...) agora é aquecer lá, nos prédios lá, lá em Maputo onde estão os chefes”. Aqui.
Adenda 2: segundo o "Verdade/Facebook", Dhlakama autoproclamou-se herói. Aqui.
Adenda 3: um muito recente texto do historiador Michel Cahen, em francês, aqui.
Adenda 4: de uma crónica de Sérgio Vieira: "A ideia da divisão e fragmentação da nossa terra iniciou-se com Banda. Em Julho de 1964, na Cimeira do Cairo, ele propôs a Nyerere e a Nasser a entrega da zona centro de Moçambique a Malawi, garantindo então a reconstrução do Império Marave e o acesso ao mar. Ambos chefes de Estado, polidamente, o mandaram passear. Nkavandame e Simango com Gwenjere retomam a ideia em 1968, rechaçada pelo II Congresso. Jorge Jardim volta com a ideia da divisão do nosso país em 1973. Cristina, fundadora da Renamo com o apoio da Rodésia e do “apartheid”, tentaram fazer vingar a velha ideia. Falharam." Aqui.

3 comentários:

Sir Baba Sharubu disse...

Porque é que o pai Afonso continua a perder eleiçoes ?

nachingweya disse...

O país já se encontra dividido. Entre Maputo e o resto a partir de Marracuene. Entre as aldeias comunais da Sommerchield a que chamamos condomínios e a Mafala.
Entre as escolas e hospitais públicos e as escolas, hospitais e clínicas privadas. Entre aviões privados, carros e barcos de luxo e o my love , transporte urbano da maioria de cidadãos nacionais.
O que falta é a formalização da autonomia dessas diversas divisões de que o país se compõe.
PS1: Há agora o termo "as populações " no discurso político. Soa pejorativo. Seria preferível dizer às pessoas, os cidadãos, os compatriotas, etc. População soa ao colonial "eles".
PS2: os membros do CC foram enviados para as bases com a cartilha da indivisibilidade deste já de si desintegrado país. Não sei se estão a ter a honestidade de comparar a quantidade de gente que lhes vai ouvir com as multidões que vão ouvir Dlhakhama.

Sir Baba Sharubu disse...

Pai Afonso como chefe da oposiçao nao produziu resultados.
Pai Afonso continua a perder eleiçoes presidenciais.
Quanto tempo é que pai Afonso ainda podera durar como nambauane da Renamo ?