03 julho 2013

O demónio de Maxwell e a entropia política moçambicana

Vamos supor que ao meio de um determinado recipiente contendo história moçambicana contemporânea há uma janela pela qual, com movimentos alternados de abertura e fecho,  um demónio arguto e de mirada aguda consegue estabilizar os calores políticos nos dois lados. Isto permite evitar a entropia (digamos "desordem") política que os ventos de Muxúnguè parecem ter querido mostrar, contrariando a segunda lei da termodinâmica política, que pode ser enunciada assim: lá onde os sistemas estão isolados a entropia política não tem fim.
Tendes aí uma adaptação brincalhona do "demónio de Maxwell".
Andam entrópicas as delegações do governo e da Renamo. Face a esta entropia política, ansiosas e persistentes forças sociais, leitoras inadvertidas do distante Maxwell do século XIX, sugeriram - sem sugerir - o eclipse das instituições e dos obscuros habitantes do rés-do-chão social, apelando para um encontro directo, pessoal, final, entre dois habitantes do primeiro andar, entre Guebuza e Dhlakama, por forma a, maxwellianamente, estabilizar os "calores políticos".

2 comentários:

nachingweya disse...

E eis que turvarão as suas águas provocando India's sober elas para que pareçam fundas.

Salvador Langa disse...

Uma autêntica palhaçada de gente a dizer a mesma coisa por todo o lado.